"Biden declara: 'Um marco positivo para o mundo' após morte de comandante do Hamas"
- Ederson Lima
- 17 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Pronunciamento de Biden e a Morte de Yahya Sinwar
Nesta quinta-feira (17), o presidente dos EUA, Joe Biden, comentou sobre a confirmação da morte de Yahya Sinwar, comandante do Hamas e um dos arquitetos do ataque ao Israel em 7 de outubro de 2023. Biden declarou que "hoje é um bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo".
Ele informou que a morte de Sinwar foi confirmada por testes de DNA e ressaltou que "Israel tem todo o direito de eliminar a liderança e a estrutura militar do Hamas". As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a morte de Sinwar, que era um dos principais alvos do país e considerado um "acerto de contas", segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Biden também mencionou que planeja conversar com Netanyahu e outros líderes israelenses para parabenizá-los pela operação e discutir a libertação de reféns em poder do Hamas, além de buscar o fim da guerra na Faixa de Gaza.
A vice-presidente, Kamala Harris, também se pronunciou, afirmando que "a justiça foi servida" e que Sinwar foi responsável pela morte de milhares de pessoas, incluindo as vítimas do ataque de 7 de outubro e reféns mortos em Gaza.
Sinwar, que cumpriu 23 anos de prisão em Israel e governou Gaza, foi o comandante do Hamas com o menor tempo no poder, tendo assumido há pouco mais de dois meses, após a morte de Ismail Haniyeh, que foi assassinado por Israel no Irã. Sinwar era o último remanescente do principal escalão do Hamas, que sofreu perdas significativas desde o início do conflito na Faixa de Gaza.
Ele morreu em um confronto com soldados israelenses em Rafah, sua cidade natal. Após a morte de Sinwar, Netanyahu acusou-o de "destruir vidas" na Faixa de Gaza, mas advertiu que "isso não significa que a guerra acabou".
A operação para capturá-lo durou mais de um ano e envolveu diversas ações das Forças Armadas e do Shin Bet, conforme relatou o porta-voz do Exército, Daniel Haagari. O conselheiro de Segurança dos EUA, Jake Sullivan, destacou que a inteligência americana foi fundamental para rastrear líderes do Hamas, incluindo Sinwar.
Nascido na Faixa de Gaza, Sinwar era um líder que conhecia bem o território, dificultando as operações de Israel. A estratégia adotada foi cercá-lo através de ataques em áreas onde a inteligência acreditava que ele poderia estar.
Na mesma operação, dois outros membros do Hamas foram mortos, mas ainda não haviam sido identificados. Após os combates, os soldados suspeitaram que um dos combatentes era Sinwar e realizaram testes de DNA, que confirmaram a identidade do terrorista. Exames de arcada dentária também foram realizados.
O atentado que levou à morte de Sinwar marcou o início da guerra entre Hamas e Israel, que recentemente se expandiu para o Líbano, onde Israel enfrenta o Hezbollah, apoiador do Hamas. Ambos os grupos são financiados pelo Irã, que também se envolveu no conflito, elevando preocupações sobre uma escalada maior no Oriente Médio.
Em 1º de outubro, o Irã atacou Israel com mísseis, prometendo retaliação pela morte de líderes do Hezbollah e do Hamas.
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